quinta-feira, 11 de março de 2010

Reunião tenta avançar financiamento internacional para proteção de florestas


O presidente francês Nicolas Sarkozy defendeu nesta quinta-feira (11) que os países ricos precisam contribuir mais para um fundo de mudanças climáticas que permita às nações pobres combater o desmatamento.

Ele fez o discurso de abertura de uma conferência entre cerca de 30 países com grandes florestas e 12 países ricos que potencialmente podem financiar o combate à devastação. A reunião acontece em Paris e o Brasil também participa, em especial por ter em seu território a maior parte da Amazônia, a mais extensa floresta tropical do mundo.


Na Conferência do Clima de Copenhague, em dezembro, líderes mundiais concordaram em criar um fundo climático de US$ 100 bilhões até 2020 para ajudar os países em desenvolvimento na adaptação às mudanças climáticas e na redução de suas emissões de gases causadores do efeito estufa.

O desmatamento é um dos problemas que devem ser atacados com esses recursos, já que pode responder por até 20% do total de emissões de gases-estufa no mundo. A reunião de Paris tem o propósito de fazer com que avancem as discussões sobre como as intenções proclamadas na Dinamarca sejam transformadas em mecanismos concretos.


Depois que a Conferência de Copenhague fracassou em criar um acordo climático internacional de cumprimento obrigatório pelos signatários, seis países - Austrália, França, Japão, Noruega, Reino Unido e EUA – anunciaram US$ 3,5 bilhões em financiamento para um mecanismo chamado REDD+ até 2012 para estímulo à conservação das florestas.


Sarkozy reiterou a necessidade de um esforço global em relação às mudanças climáticas e criticou “todos aqueles que, por trás de suas bonitas palavras, não querem fazer nada”. O francês não citou nomes, mas se referiu aos países ricos que não querem colocar a mão no bolso para ajudar o fundo climático.


“Somente financiamento inovador nos permitirá responder a este desafio”, disse Sarkozy. “Tomarei, junto com outros, iniciativas para garantir junto ao G20 (grupo de países ricos e em desenvolvimento) que um imposto sobre transações financeiras seja rapidamente adotado”.

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